RESENHA: E O VENTO LEVOU
E o Vento Levou, escrito por Margareth Mitchell é um clássico da literatura, foi publicado originalmente em 1936, ganhando o Prêmio Pulitzer no ano seguinte. Em 1939 ganhou uma adaptação para os cinemas vencedora de 8 Oscar.
Scarlett O’Hara é uma jovem mimada, impetuosa e acostumada a ter tudo o que quer. Scarlett, entretanto, terá que amadurecer de forma rápida ante a necessidade de sobreviver em meio a guerra civil norte americana de 1861. Determinada a enfrentar todo o terror e miséria causados pela guerra, Scarlett fará de tudo para salvar sua casa e se reerguer. Em meio a esse cenário Scarlett contará com a ajuda do aventureiro Rhett Butler e juntos viveram uma história de amor complexa.
Não descreveria esta obra como um romance, pois este é apenas um dos aspectos abordados por Margareth Mitchell. E o Vento Levou é mais do que um livro de romance, aborda temas intensos como escravidão, fome, miséria e guerra. A escrita da autora é envolvente e capaz de nos transportar para aquele período de guerra e pós-guerra, nos fazendo vivenciar a dureza daqueles tempos.
Scarlett não é a mocinha que te conquista logo de cara, mas é uma mulher forte e corajosa, muitas vezes inescrupulosa em suas atitudes e no desejo de passar pelos momentos difíceis. É uma personagem bem construída e uma mulher que não abaixa a cabeça para nada e nem ninguém. Sabe o que quer e faz o que for preciso para conseguir.
No tocante aos demais personagens principais, Rhett Butler é um homem que gosta de viver sua vida sem se deixar ser restringido pelos costumes de sua época, tem uma imagem de desordeiro, mas sabe ser justo e honesto nos momentos necessários. Ashley Wilkes tem uma visão própria do mundo e justamente por isso é o tipo de pessoa que encontra dificuldades para se adequar a realidade. Melane Hamilton é uma mulher boa e gentil, não vê maldade nas pessoas.
O final do livro me surpreendeu bastante, apesar de não ser o que esperava, o desfecho foi muito condizente com o desenrolar de toda a narrativa. Foi certeiro e real, dando a esta obra mais um motivo para elogios.