O Ceifador é o primeiro livro de uma trilogia distópica, escrito por Neal Shusterman e publicado no Brasil pela Editora Seguinte.
Quando a inteligência artificial assumiu o controle, a vida na Terra deixou de ser frágil para se tornar intocável. Não existe mais fome, pobreza, doenças e falta de recursos. A morte há muito deixou de ser uma preocupação, assim como o envelhecimento pode ser evitado em centros de rejuvenescimento. Contudo, o tamanho do planeta não pode ser modificado e como não existe mais morte natural, o crescimento populacional é o único empecilho nesta nova era perfeita. Para que as coisas funcionem como devem ser, a Ceifa foi criada. Sendo uma organização independente, ninguém pode interferir em suas ações e quando uma pessoa perde a vida pelas mãos de um Ceifador, ela não pode ser revivida. Citra e Rowan, dois adolescentes que acabam cruzando o caminho do Ceifador Faraday são recrutados por ele para se tornarem seus aprendizes. Uma vez que começam a entender e participar da Ceifa, ambos vão perceber que, apesar de o mundo ter evoluído, nem todas as pessoas acompanharam essa evolução e ainda existe corrupção e busca por poder, onde a moral e a ética deveriam reinar, ou seja, na Ceifa.
A premissa deste livro é muito interessante e nos faz pensar em um futuro possível, já que estamos vivendo em um momento onde a inteligência artificial já é capaz de fazer tantas coisas.
A trama é bem construída, mas no começo achei que o ritmo dos acontecimentos é um pouco lento. Nada que afete a história como um todo, mas senti que demorou um pouco para realmente engatar a leitura e ficar curiosa com o que viria em seguida.
Quando um certo acontecimento vem à tona, a dinâmica dos personagens principais, Citra e Rowan, muda e a partir daí começamos a entender melhor o que o autor quer nos mostrar, e qual será o rumo da história.
Eu gostei bastante de como as coisas se desenrolaram mais para o final da leitura, com alguns plots e cenas envolventes onde o leitor fica preso a história para enfim descobrir qual será o desfecho deste primeiro livro.
Quanto ao romance, temos um leve envolvimento entre Citra e Rowan, mas apesar da insinuação de que ambos serão um possível casal, não há neste livro desenvolvimento de relacionamento amoroso.
Enfim, eu gostei bastante desta leitura e pretendo continuar a ler os outros livros. Achei que o final foi muito bom e deixou uma boa pegada para a trama do segundo volume da série.
Para quem gosta de distopias, esse livro é uma ótima opção! Vale a pena a leitura.
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